Quando a minha alta sensibilidade virou força

Aqui vou contar um pouco da minha história de quando a minha sensibilidade virou força (mesmo quando o mundo me dizia o contrário). Quer saber um pouco mais? Então segue comigo nesse conto….

 

🌿 Introdução

Por muito tempo, acreditei que sentir demais era o meu problema.
Chorava sozinha e me escondia. Engolia conflitos. Me culpava por me importar com o que ninguém parecia perceber.

“Você é sensível demais”, me diziam.
Mas o que ninguém via é que aquela sensibilidade era o que me mantinha conectada à minha essência.

 

🧱 Capítulo 1 – A escada do pré-vestibular

Na época do pré-vestibular, me recordo de ter saído chorando para uma escada nos fundos do cursinho.
Era um dia qualquer — mas o peso era insuportável.

Eu achava que não ia dar conta de passar no IME.
E os discursos motivacionais me soavam… ocos.
Aquela frase clássica: “Você só precisa de uma vaga” — me desconectava ainda mais.
Para mim, aquilo só lembrava a lógica da escassez. Da competição. De um mundo em que uma precisava perder para a outra ganhar.

Eu nunca gostei de competir.
Sempre fui uma mulher colaborativa — mesmo sendo introvertida.

 

🤝 Capítulo 2 – Liderança que adoece

No campo do IME, vivenciei um episódio marcante.
O capitão me escolheu como líder para montar a barraca.

Eu organizei o grupo, orientei cada passo, e claro… coloquei a mão na massa.
Montei junto. Carreguei junto. Fiz parte.

Mas fui chamada atenção.
Ele me disse que aquilo não era liderança.
Que líder “manda”, não “faz”.

Fiquei em silêncio. Mas aquilo me rasgou por dentro.
Hoje eu sei: aquela era a liderança que adoece o mundo.
A que separa. Hierarquiza. Subjuga.
A que ensina que sensibilidade é fraqueza. Que empatia é erro.
Mas ali, naquela estrutura, não havia espaço para contestar.

Na época, eu ainda não tinha encontrado meu caminho interno.
Hoje, entendo que meu estilo de liderança — colaborativo, humano, intuitivo — é potência.
E é isso que eu ofereço ao mundo.

 

🧠 Capítulo 3 – Sensibilidade como inteligência expandida

Durante muito tempo, tentei “aguentar”.
Fui levada a acreditar que resiliência era suportar tudo calada.
Mas isso me esgotava. Me adoecia.

Resiliência não é resistência cega.
É saber quando expandir… e quando recolher.
Quando seguir… e quando sair.

Ser sensível me ensinou a observar.
A perceber nuances que ninguém via.
A pressentir roubadas antes que explodissem.
A saber onde não colocar energia.
E isso me poupou muito tempo. Me protegeu. Me guiou.

Descobri que mesmo sem ressonância externa imediata, meu caminho fazia sentido.
Tinha propósito. Tinha significado.
E, com o tempo, inspirava outras pessoas.

“Você não precisa caber no mundo — desafie as regras, crie seu caminho.”

 

💡 Capítulo 4 – Sensibilidade não é fragilidade

A neurociência comprova: pessoas altamente sensíveis têm mais ativação de neurônios-espelho.
Percebem, absorvem, traduzem o ambiente com uma precisão emocional impressionante.

Mas o mundo não está pronto para isso.
E então, você começa a se moldar.

Engole a emoção para manter a paz.
Faz de conta que está tudo bem.
Torna-se uma especialista em prever o que o outro precisa… e esquece de si.

Até o corpo gritar. Até a alma colapsar.
Até a sensibilidade se tornar peso — quando deveria ser bússola.

 

🧭 Capítulo 5 – O ponto de virada

O ponto de virada foi entender que minha sensibilidade podia me orientar, não apenas me esgotar.

Comecei a observar:

  • Qual é a minha emoção e o que é do outro?
  • Onde meu corpo sente primeiro?
  • Como posso me regular sem me anestesiar?

E percebi:

Quanto mais sensível, mais potente.
Mas apenas quando a sensibilidade encontra direção, nome e linguagem.

Quando comecei a reconectar com a minha essência sensível, tudo mudou.
Não foi do dia pra noite. Mas foi real.

Aprendi a:

  • Nomear emoções (e não negá-las)
  • Criar limites afetivos sem culpa
  • Escolher ambientes, ritmos, relações
  • Regular meu sistema nervoso antes de explodir ou colapsar

E quanto mais eu me respeitava, mais encontrava pessoas que se identificavam.
Quanto mais verdade eu colocava na minha fala, mais ela ecoava.
Sensibilidade não era defeito. Era ponte.

 

🔥 Conclusão – Potência silenciosa, revolução real

Hoje, olho para trás e vejo uma trajetória de coragem silenciosa.
De força suave.
De uma mulher que se recusou a virar pedra.

E que encontrou sua potência não apesar da sensibilidade, mas por causa dela.

Se você se reconhece nessa caminhada…
Saiba que existe um caminho.
Que você pode ser sensível e forte.
Colaborativa e estratégica.
Intuitiva e racional.
E que sua liderança começa dentro.

“Sensível, mas não frágil.”

💌 Me conta: o que te atravessou nesse texto?
📥 Compartilhe com alguém que precisa descobrir que também pode criar o próprio caminho.

 

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Publicado dia 15/04/2025

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